Saturday, May 17, 2014

Verdades incontestáveis que o cinema, a música, as pessoas e as redes sociais, me ensinaram:

- No âmbito do bom e velho panis et circenses, quanto mais gado, mais massa de manobra for uma pessoa, mais insuportável é o convívio com a mesma.

- Pessoas que muito falam de política em redes sociais são como goteiras usadas em torturas chineses, onde apenas algumas pessoas são o alvo fixo de tamanha indignação, e a menos que a pessoa que publique tantas revelações - independentemente de partido – tenha uma gama de seguidores cíclica e em constante mutação geral, só faz com que a pessoa seja um alardeador da mesma coisa como se gritasse “EUREKA!” a cada vez que volta a entoar as mesmas descobertas já batidas (Sabe Pedro e o Lobo? Ninguém tem paciência pra quem vive se repetindo);

- Quanto menor qualidade tiver o roteiro e maior for a quantidade de efeitos especiais, maior será a bilheteria e mais imbecis serão as pessoas que assistirão;

- Quanto mais posicionamento a là “sou celebridade e qualquer merda que eu venha a pensar deverá ser compartilhada”, mais repetitiva e/ou sem voz ativa na vida privada é a pessoa;

- Um dom sempre, ratifico, SEMPRE, será superior a uma vontade, por mais que tal vontade seja ornada com afinco em desenvolvimento rumo ao objetivo, se o dom natural tiver um pouquinho só de afinco e for trabalhado positivamente, ele sempre fará com que, para olhos cuidadosos e perceptivos o ouro, resultado da vontade seja apenas um punhado de merda. (Obrigado Alejandro Jodorowsky pela lembrança da cena metafórica que me fez chegar a tal posicionamento e construção frasal.).

- Quanto mais desabafos a pessoa coloca em sua timelime, mais chata é a pessoa e digna de pena, quando você a conhece pessoalmente;

- Quanto mais imbecil e torpe uma pessoa for, maior é o potencial desta para arrebanhar seguidores.

- Pessoas que fazem muitas listas e tópicos costumam ter problemas de raiva a serem tradados ou se assemelham às pessoas que bradam verdades conforme supracitado.

- No mundo da música o marketing tem importância muito, mas MUITO maior do que a qualidade da obra, tal qual o que foi escrito acerca dos roteiros x efeitos.

- A imbecilidade virando letra de música sempre traz maiores lucros, pois obviamente há mais pessoas que gostam de sorver escarro alheio do que as que pensam em música como arte.

- Pessoas preconceituosas são burras.

- Celulares e filmes de terror são coisas antagônicas para quem cria tais filmes.

- O pudor e pavor de pessoas que temem religiões afros pelos sacrifícios animais, normalmente é tido por pessoas que sacrificam muito mais animais no decorrer de um dia do que diversos sacrifícios religiosos fariam em mesmo espaço de tempo.

- A hipocrisia para a maior parte das pessoas é algo apenas pertinente aos outros, e nunca algo a se ponderar quanto às próprias ações e fatores axiológicos.

- Quanto maior facilidade uma pessoa tem para chorar, menos verossímeis são tais lágrimas.

- Pessoas que não sabem cozinhar e se afirmam como tal, nunca deveriam tentar cozinhar.

- Advogados e djs, em geral, são apenas operadores/agentes de coisas já concebidas ou que fazem alterações de algo já composto, mudando ordem, tempo, usando hermenêutica e fazendo pose de criadores. (Readymade, e viva o dadaísmo!)

- Pessoas gordas tendem a ser engraçadas e/ou traiçoeiras e/ou invejosas, assim como os ex-gordos também. Questões de auto estima sempre são delicadas e pesadas demais (sem trocadilhos com as pessoas gordas), mas há exceções.

- As pessoas não tiram fotos para si mesmas, o fazem para que os outros vejam (15 minutos de fama nunca mais duraram 15 minutos).

- Gente feliz demais constantemente e gente triste demais constantemente tendem a atrair atenção, e cansar demais as pessoas ao longo do tempo. Pessoas de humor flutuante são mais legais, produzem mais coisas de valor, e costumam deixar suas marcas e obras de forma mais memorável, porém, estas sempre vivem menos; viver à flor da pele é desgraçadamente leve demais, viver à flor da pele é desgraçadamente pesado demais.

- Cão que ladra não morde, até morder.

- Crédulos (em âmbito político, religioso e assim por diante) são imbecis demais e perigosos demais justamente em razão da imbecilidade.

- Refrão fácil vende mais, mais também fica esquecido como todo e qualquer modismo não condizente com fascínio artístico.

- Verborragia e uso de erística e mal caráter nem sempre andam juntos, mas por vezes se encontram para beber.
...

Wednesday, April 02, 2014

O Grande circo

Um circo, um grande circo.
Precisamente, estamos todos enjaulados.
A maior crueldade, é que assim como o ar, tais jaulas a nós não figuram de forma nítida e com nefasta admissão.
Elas cá estão, intrínsecas a nós. São tais jaulas tão cruéis e brutais que são parte de nós como um todo
Desde um espirro e a forma que suas mãos na fronte são colocadas, um bocejo, uma expressão fugidia de raiva, tudo, e ratifico, tudo é premeditado e faz parte da jaula, do circo.
Fazemos ações ensaiadas cujo roteiro nos foi dado há tempos, e dentre os espectadores há parte dos autores, mesmo que estes já tenham morrido em suas jaulas; pois sim, nossos espectadores também estão enjaulados. A parte mais triste é justamente essa: Todos enjaulados, olhando para as jaulas alheias sem nem ao menos ver as nossas, nos vendo como parte central ou convidado de honra de um espetáculo de escárnio e sadismo que é a vida, a nossa premeditadamente errante vida.
Faz-se a obediência de todos, levando caminhos do êxito que nos é forçosamente empurrado goela abaixo, do tipo de felicidade que nos dizem ser o certo e que só trazem câncer, pela forma que envelhecemos seguindo normatizações do que é certo ou errado para cada uma das fases da vida e da forma que encaramos a morte, ah a morte, depois dela não há mais jaula.
Esta quimera persiste e sem que notemos, seguimos o texto feito macacos amestrados rogando por recompensas. Abrimos os olhos de forma ensinada, temos o léxico de forma constituída no ensaio, ganhamos chicotadas de morais instituídas por mortos, e aceitamos tudo isso por medo, e por não enxergarmos nossas jaulas.

E viva o circo!

Monday, June 04, 2012

Novidade que inexiste


Dias perturbados permeam meu cotidiano extremo, e nisso me questiono sobre coisas comuns, banais. Peso de idade, forma de ver o mundo e inter-relações com quem é próximo. Ciente de inúmeros defeitos e pesando opções de paz para consigo mesmo, segue errante o arremedo do que quis um dia ser, e ao mesmo tempo o ídolo que ocasionalmente tomo por verdade para comigo mesmo.
Há dúvidas sobre tudo e certezas absolutas, como um tango em sua dramaticidade elevada com expoentes fantásticos onde a lástima que se apresenta tem tons e temperos de vivacidade ensandecida. Frente a sentimentos puros e imundos de não-vida e sobrevida, diante de retaliações para consigo segue em frente este que oscila entre a primeira e a terceira pessoa de forma sem propósito, propositadamente. Nas palavras vinha vendo percalços e tombos, como um truão com maquiagem de sorriso ao perceber que lágrimas de si pulavam em suicídio rumo ao chão. 
Fez-se forte tal truão, fez-se seu, depois de quase trinta anos, do nada, repente surpreendente se fez ocorrer e nisso, ao contrário do que idealizava, vê este tolo que nada muda com isso, nada se expande ou se comprime com certezas, e elas nada mais figuram a si do que duvidas deixadas de lado, como uma espécie de fé que não se tem, só se ascente, só se defende num ostracismo controlado que nomeia razão. A não-razão foi deveras encarada fronte a fronte, devaneios a viagens, medos a soluços bradando "nada temo!" e paixões que em uma semana sublimavam. Se carência ou não, parecem agora tal tipo de momentos tão sérios quanto uma partida de ping-pong, de um lado a comoção e entrega, do outro o resguardo, esse tão confortável e sem expressão que chegava a doer por tamanha covardia. Ei-la! tão irreal e tardia a falta de sentimentos pretendida - porém nem sempre atingira - como um nirvana ao avesso que nada lhe acalenta nem garante, como uma piada, tão infante que nem um riso tolo lhe causa, só estanca sofrimentos passageiros que são deveras extremos e alegrias eternas e efêmeras que como tão intensas duram menos do que um cigarro a queimar, e nisso a noite a passar e nada, absurdamente nada - embora não fosse essa a ideia -, nada mudar.

Tuesday, February 08, 2011

Registrando 08/02/2011...

O que fazer quando você está de férias, sem saber o que fazer, seus lugares comuns/zonas de conforto te esforçam a ser cru na normalidade afável que vocês mais teme, quando o encontro de você com você mesmo lhe irrita e desagrada? O que fazer - e nisso pessoas já lêem isso com inclinações a ler isso tudo com rompantes e vislumbros de Maria Bethânia como soundtrack- e faz-se o "Viva!", o seja - sem reticências por sem "mais ou menos" e o TANTO FAZ com toda a simples vibração causada pelo que é de fato, pelo que é do ser, pela verdade mais crua, a infâmia, porém momentaneamente tal esta se faz que se transfigura na verdade mais positiva, da vida o melhor torpor. Vivamos, até segunda ordem!

Brindemos a vida, brindemos o enfante Fabrício, vivemos o mundo torpe, tudo que é puro, ou até mesmo o puto vício. Seja assim a vida, o qualquer, o que de fato se faz presente e o comum mal-me-quer...

Friday, May 01, 2009

Quimera em desabafo

Que o mundo abra alas aos vivos, pelo menos uma vez. Que as mortes sejam apenas faltas e não a perfeição pós reconhecida. Que percalços sejam motivos de aprendizado, não tarjas de vivências, amenidades vivas e destrutivas, excludentes, que o tempo venha a passar sem o stress do momento a aumentar sua presença e fazê-lo parecer um gigante, enquanto é apenas uma figura de sí mesmo capaz de vestir várias máscaras.
Ainda assim, que meus dias, meu momentos, meus entes e convivas não me temam, não me queiram demais, não me queiram de menos; e nisso, admita eu meus defeitos extremos, minhas possíveis amenas qualidades, minhas vidas e almas dentro disso que figura como uno, como simples e que na verdade me corrói, contorce, como a todo mundo, embora desapercebidamente. Quem venham as lamúrias, as alegrias cantantes, os instantes chulos e de gravata abaixo da fronte.
Assim utopicamente, que tal alusão tão parnasiana se concretize e o mundo sejá assim: Tão pesado e tão leve, tão limpo na escuridão e tão sujo em seus..
...tempos próprios.
Haverão ainda pessoas com o romantismo e vontade de viver, mesmo que como uma desculpa a falta de vontade de outrora. Haverão lamúrias que não passarão de gracejos, momentos que se resumirão em perfeitos beijos; após tal rima, faremos ainda em nossa Terra do Nunca qualquer coisa que nos pertencer, e qualquer coisa alheia vir a ser nossa.
Que a vida seja plena, mesmo com toda banalidade das criações alusivas a vidas, daquelas que soam como plena e total verdade, enquanto creio eu ser algo cuja complexidade seja regida principalmente pela mutação constante e imprevisibilidade.
Que os relógios parem, que as mentes se calem em silenciosa harmonia de mentes, óbvio. Que os corpos não passem de locomoção e o cérebro em tal mundo idealizado roupe nas poesias as referências que no real mundo brega dirigem-se ao músculo coração.
Que sejam perfeitos os erros, erradas as falhas, vivos e lúcidos os medos, e asperos em total maldade a face crua da mente, crente em vida real, em momentos com...
...vivacidade, e que desde nossos simiótivos princípios e em nosso "nos acabar" sejamos impossivelmente sinceros conosco, e em nossa redoma faça-se plena, eterna, linda e lisa, não a beleza, mas acima de tudo nossa noção, mesmo que cruel, de que independe de nós o caminhos do mundo que para todos nós, de forma admissa ou não nos parece ser tudo em função de nós mesmo, que seja crú, maléfico, perfeito, o que quer que seja; que seja real em sua plenitude, e sempre nosso, vivo e mesmo que acidentalmente mundano. Oh mundo, meu mundo, nosso mundo!

Tuesday, February 17, 2009

Pois e agora, começará de fato o ano? 
Diário de bordo datando 17 de fevereiro do ano 2009, e até agora nada.
Ainda me sinto perturbado pelo festival de atavismos esbravejante que tomará as ruas daqui a pouco tempo. Carnaval...
Batuques tribais, aborígenes em sua nudez ostentada, fazendo com que floresça nas ruas praticamente um comércio de carne em sua prática proliferadora de doenças, musicalidade - já que alguns imbecís convencionáram que tanta merda usa a nomenclatura de música - desrregrada e que até um chimpanzé poderia produzir. Onde me refiro a aborígenes não pense estar eu depreciando alguma etnia, mas toda e qualquer pessoa entumecida mentalmente, anesteziada pelo álcool e o que mais lhe for usual, fazendo parte desta grande peça cultural aculturada.
Questiono os logradouros comerciais, em sua parte dirigida às massas, até por que não o deixariam de fazer; entre eles algumas excessões, que fugídias à regra fazem-se apenas musicalmente, enquanto a proposta é ainda a banalização do corpo, da mente - acefalía figurada durando os dias do evento folclórico - desapego para com as rotínas, tanto que fora convencionado como pertencente ao civísmo tais atrocidades intelectuais.
Me envergonha viver em um país onde estando o sujeito trabalhando, contata pessoas e ouve aos sete ventos "mas o ano ainda não começou em absoluto, isso só após o carnaval"; ou o mais desalentador, participar de reuniões que marcou ou por conta de outrém cuja finalidade é apenas a ciranda do "vamos-passar-um-tempo-juntos-no-fingir-laboral-mas-só-decidiremos-qualquer-coisa-após-o-carnaval" e todos pretenders da seriedade, e todos cumplices da atrocidade.
Culturas orientais tendem por base sobrepôr-se sempre. Superação. O Superhomem de "Assim falou Zaratustra" praticamente; logo, perder tempo com tamanho "outing" da falta de esforço e corroboração a impunidade seria para tais cienciosos povos algo digno de extrema ogeriza. Em salvo, não me refiro a toda e qualquer expressão popular, mas a esse espírito supracitado de que o ano só há de começar quando o carnaval passar.
Não aceito taxações de nihilistazinho de botique, até por que não o sou. Apenas considero obrigação e não regozijo de autopromoção nem pretenção de altruísmo compartilhar minha repulsa a esta alienação tão festejada.

*envergonhado*

Monday, February 16, 2009

Se houvesse prudência...

Intermitente é o fogo da esperança do povo.
Se fossemos regidos pela prudência demográfica,
intermitente seriam as fogueiras com seus fogos
a queimar o povo esperançosamente.
Sem mais.

Resto d'ontens...

Após a ilusão de felicidade fortemente insitada pelo vilão imaterial chamado findi (maneirismo permissivo), caindo novamente na mesmice laboral, resta apenas ao peão remoer os passos dos ontens e rir um pouco.
Em meios a conversas a là promoter mixadas com pizzaiolismo e patricinhismo no drink e neologismos seguidos por desnocionismo atado motivado pelo drink do patricinhismo e assim por diante, tal qual uma bola de neve - sem apelações religiosas modernósas, s'il vous plaît! - passaram-se as horas e as obras ébrias tão belas figuram agora todas pela metade. Aqui, fica então minha raiva a amnésia alcoolica quando não sendo para álibi e negação.
o bom e velho "se eu não lembro é porque não aconteceu, humpf!" tem assegurada valía. Mas e quando de conversas brotam Politzers em potencial, quiçá Nobeis (Nóbéis, víxí méu réi!)?
Ah, a memória que de forma abastada reforça amenidades alheias, não reporta respeito algum para com a própria criação - e não venham me dizer que é falta do bom e velho "levar-se a sério" pois respondo com risadinha de puta a là escárnio (risadas de putas são as mais cruéis, não que eu saiba, mas me disseram) - Inda mais quando ao percrutar zonas gráficas alheias infamemente vocês se depara com citações do seu nome ganhando gritantemente metade do mérito de alguma obra lá postada.

Vou agora lamber minhas botas enquanto a escarradeira está na pia, junto com taças de sangue de Inri Cristo e o resto do fim dos ontems, e tudo ainda por lavar. Ai de mim!