Friday, August 25, 2006

...

A letra na parede!
Por onde anda você?
Pensei que submersa na minha incerteza
Pensei que não serias mais a mesma
Passados estes anos,
Ainda lembro do seu jeito
Ainda maquino contigo os mesmo planos
O Plano principal de vencer no duelo,
De ver o cansaço tomando distância logo
Aquele tratado de levantar o rosto aos ventos
Sentindo que a existência acaricia a fronte
Sabendo que os momentos são iguais apenas no fato de serem únicos
Lembro dos passos lado a lado
Parece que estas a meu lado
Avisto seu sorriso em qualquer lugar
Queria não lembrar do dia em que escondida estavas a chorar
Não culpo mais o sopro do teu fim, mas dói ainda
Tua voz me faz companhia, mas queria tua mão na minha
Me sinto um tanto errante, quase completamente,
Sei que sou inconstante, quem entede?
Você entendia, minha vida vivia
E eu vivia a sua, era uma só. Era a melhor
Minhas pernas não se agradam de andarem por mim
Meus olhos queimam com tantas cenas cruas
Minhas mãos tremem e não sou mais criança
Me sinto ridículo sendo tão vulnerável em alguns momentos
Sabe, tem horas em que me sinto forte, mas, mudo muito
Estou tão diferente de mim, de como era pra ti
Tento não sonhar com o regressivo curso da vida,
Tento enfrentar o futuro, o passado do mais além.
O presente ausente no agora, pronto, passado.
Queria ouvir Here there and Everywhere mais uma vez nos teus olhos
Queria me chatear uma única vez quando me pedisse para que eu te penteasse
Quero agora, tentando firmar toda a força que tenho n’alma,
Querer apenas fazer o que seja certo.
Queria poder contar com sua ajuda,
Mas a lembrança do teu sorriso, das tuas palavras, da vida interminável
Que ainda permanecem, assim como luz de estrela, deixadas por ti me acalmam
Os passos tendem a ir para algum ponto, algum destino
Vou lembrar do seu caminho, da partida interminável que continua sob a chuva
Nos risos trêmulos para tentar finjir não sentir a dor, mesmo sem ar
Quantas foram as horas em que te fiz bem? Menos do que as vidas que você fez a mim
Não sei lidar muito bem com as pessoas, tenho medo delas, e um pavor de perde-las
Acho que ririas de mim se me olhasse agora. Não sou um bom seguidor da tua luz, sou totalmente turvo. Mas minha mente tem tua luz, podes ter certeza, mesmo que viva na lembrança.
Agora tremo e queria parar de escrever, mas são tantas as coisas que queria poder te dizer, neste momento não me sinto sozinho, mas gelo ao pensar em voltar a ficar.
Sabia que eu não acreditava em anjos? Sabias que ainda não admito que acredito? Mas o que é então?
Poucos dias após tua viagem, escrevi uma carta pra ti, não sei aonde foi parar. Hoje acredito que você a leu, e que levou contigo, transformou-a em luz e a guardaste na sua força.
Não me pego mais chorando de dor, só na dor de tentar não te decepcionar
Por isso que talvez eu continue a lutar. Não só por isso, também não só por ti, sabes.

Lembro incessantemente:

“To lead a better life I need my love to be here...
Here, making each day of the year
Changing my life with a wave of her hand
Nobody can deny that there's something there
There, running my hands through her hair
Both of us thinking how good it can be
Someone is speaking but she doesn't know he's there
I want her everywhere and if she's beside me
I know I need never care
But to love her is to need her everywhere
Knowing that love is to share
Each one believing that love never dies
Watching her eyes and hoping I'm always there
I want her everywhere
and if she's beside meI know I need never care
But to love her is to need her everywhere
Knowing that love is to share
Each one believing that love never dies
Watching her eyes and hoping I'm always there
To be there and everywhere
Here, there and everywhere”


I’ll be with you here, there and everywhere.
Mother,
father,
only family,
my everything.

Thursday, August 17, 2006

Se existe nexo é por acaso...

E nada mais será como antes e mais uma vez nada é como antes, e então tudo é como foi outrora. Tudo muda, e isso não muda.
-Viva! Futebol!
-Viva! Supervalorização de coisas tolas e que normalmente não teriam tanta, ou teriam nenhuma repercussão!
-Viva! A fome continua assolando. Como sempre haverá de ser para que tenhamos medo das ruas, das casas, do escuro, do sob-sol, do centro, do espelho... Viva!
Viva! Famílias que apenas se toleram para não quebrar o fantasma tão admirado de entidade confortante! Mais vivas!
Vamos votar. :S
Viva! Pais de filhos ruins, de filhos bons! Vivam os filhos dos pais!
Viva! Mães de filhos ruins, de filhos bons! Bons filhos da mãe!
E que sigam no mesmo contexto tudo o que tende a ser deixado levar pela varreção que se finda abaixo do tapete mais próximo para iludir a paz que existe, pelo menos deveria.
E que seja assim para sempre, desde que não no MEU sempre, pois disso tudo estou mais do que cansado. E que cesse a lábia infame dos que ainda tentam portarem-se como os donos da verdade – melhor dizendo, donos da verdade que melhor serve aos outros – e que não a seguem. Por que não seguem suas verdades! Mentira! Que cuspam sangue de si, sim, tumores da raça.
Vivam as exclamações divagadas de forma banal assim como agora faço, e que vivam também os poucos que se dão conta de tal ironia.
No entanto, rogo: Sobreviva, é muito diferente do que viver, é uma arte, uma passagem cativa desta roda-viva que de pertinente nada tem, mas na qual somos envolvidos imediatamente ao acordarmos, na qual somos alvo das confabulações ainda quando descansamos.
Peço caridosamente que meu pai mude, que seus pais mudem; peço ardorosamente que eu mude, que vocês mudem, pois não podemos não fazer parte deste mundo sem de alguma forma fazer parte dele.
Agora, sem mais tom de oração, de rogo...
Queria poder ser mais de meu ar. Ser mais de meus olhos, mesmo que demasiadas vezes eu me tome por uma raiva por ser olheiro de um mundo tão cão.
Queria tanto ter a certeza de que nunca cometerei o erro dos meus, mas não as tenho, apenas tenho fé de que isso comigo não será do mesmo jeito. Tenho uma certa pena de quem tem certeza de como será seu futuro. Eu poderia ter, mas o horror me impede de encara-lo em fronte. Legião visionária já superlota casas de sanidade por demais, não pretendo aumentar estatísticas, e a umidade da terra não me apetece por enquanto,vermes são demais para meu estomago, e não quero ser demais NO estomago deles... Cremação! Isso! Então um problema a menos.
Me peguei divagando anteontem sobre qual a melhor idade para padecer em definitivo. Me encontrei na dúvida entre os 27 anos e os 33. Ambas datas totalmente rockstar, mas por fim me dei conta de que embora menos tempo, os 27 seria mais de acordo com meu jeito. Morrer aos trinta e três lembra o maior dos Astros Rock, mas; mas ele era hippie: Cabelo comprido desalinhado, barba disforme, sandálias de couro; demais para mim. (Vê-se até que ponto a ocidentalização religiosa pesa na mente das vítimas da idealização estética?)
Fim-de-semana importantíssimo pela frente e em mim uma mistura de medo e ansiedade e dúvida e pavor e tremor e estômago congelado e PQP, coisas demais.
Nos últimos tempos diversas vezes, realmente inúmeras pensei em atualizar isso aqui. Em vão. Estava devéras sem saber o que letrar, não sabia nada da real relevância do que escrevo, então, por fim hoje, me dei conta de que a relevância que deve ter é apenas para comigo mesmo. E caso alguém por acaso caia de para-quedas por aqui e resolva ler em dispêndio de seu tempo, então tudo bem. Se gostar do que escrevo, da maneira como escrevo, então tudo bem, que bom. Caso não goste do que escrevo, do modo como escrevo, então tudo bem. Mas por favor, pense! Mesmo que para me mandar a PQP. Estou ficando muito enojado de humanóides não pensantes. Fantoches do jogo da vida (Hyden? Putz, passado.), de quem só espera chegar a morte para parar de viver, embora não tenha vivido.
Mudando um pouquinho uma frase: Gente burra tem que ser enterrada viva.
E, para que pouco mude: Que comecem as mudanças!
Amém!