Wednesday, November 26, 2008

Neoquestionísmo

Ocorre que há tempos venho me impressionando com as coisas que acontecem no mundo, me deparando com mudanças bruscas na minha mente e fora dela - que por sua vez cutucam algo em minha consciência e perhaps no "consciente coletivo" que a literatura chula inssiste em exaltar.
Ventos sopram para lados fortemente; algumas vezes mais de um vento de cada vez e nisso, embotado em tal limbo me ví por um extenso período em vácuo criativo.
Não tendo tal limitação passado para outro distrito, tento aqui, tal uma súplica recuperar minha extroversão e nisso voltar a ao menos conseguir pretender o dom da escrita, o que outrora era um dos meus dotes intelectuais mais brilhantes (cabe agora aquela do " e ele ainda por cima é modesto!")

Nisso, como talvez um grito de libertação - ou então um último suspiro- venho cá nestas modernosas folha + pena elétricas a me explicar para comigo mesmo, nessa ciranda que expõe-se como um relato para outrem.

Outrossim, me julgo culpado pela inanição criativa e minha pena é tal ultimato: Ou crias ou então põe-te ao sono eterno literário.

Bula: Alterações, retrocessos, avanços e pós-abcessos. Esses modulam-se entre sí como os propósitos existenciais de pronto em minha mente por hora. Agora não mais, tudo muta incessantemente. Possologia desconhecida, posto que em transição frenética, então saquemos as armas do auto-controle e ao penhasco da oratória nos joguemos!

Amém! 

Tuesday, May 06, 2008

Ad Infinitum Patibilis


Havia pranto, encanto pouco
Também espaços, vidas em branco
E de verdade havia vento
Soprando a dentro tal sofrimento

Era de paz e luz vivída
Árida ida, austera vinda
Enquanto se fazia, vida tal jogo
Era de núvem, forte de fogo

Quem habitava, lá se perdia
Penitenciava, o que não mais existia.
Rajada e lufar, soprando má sorte

Vida jazia em amado sussego,
O que não existia, não em segredo
Até o limite do que havia

Mundo acaba mundo, desmundo, tal primazia...


Monday, January 07, 2008

Inconstância

Diante aos disparates do tempo
Muda a voz que era muda
Surte efeito a sorte boa
Enquanto a má ecoa em vôo insano

Porquanto ainda lembra, a memória vive
Insiste que se lembra
Condena a incerteza
Cobre de mantos áureos a presença que não mais há

Pelo apreço das horas cegas
Vê-se perdurar as passadas
De surdos passos de vívida coragem de vida modificada
Sendo mudos e errantes,
agora isso já não é nada.

Perdida em rima breve de quem no momento apenas não quer mais nada
Apenas o presente trazido pelo agora
Só as boas lembranças do que já passou da hora
E o nervosismo bom de não saber o que está por vir.

Permite voz assolar o medo qual trovão
Insiste em vós, pois por mim não mais vejo neste espelho.
Clamo já pela calma que nunca encontrei
Revejo o inédito, e me engano que deste final tudo sei.