Tuesday, May 06, 2008

Ad Infinitum Patibilis


Havia pranto, encanto pouco
Também espaços, vidas em branco
E de verdade havia vento
Soprando a dentro tal sofrimento

Era de paz e luz vivída
Árida ida, austera vinda
Enquanto se fazia, vida tal jogo
Era de núvem, forte de fogo

Quem habitava, lá se perdia
Penitenciava, o que não mais existia.
Rajada e lufar, soprando má sorte

Vida jazia em amado sussego,
O que não existia, não em segredo
Até o limite do que havia

Mundo acaba mundo, desmundo, tal primazia...


1 comment:

Anonymous said...

Querido! O que sentes é normal e, em termos academicos, se chama de amadurecimento ou, se preferires, a dor de crescer. Parte de um processo interior que não respeita relógio biológico. É apenas tu contigo mesmo (que bela construção gramatical). Basicamente é isso - teu self emergindo, pedindo espaço para se impor suplantando o adolescente. Eu te avisei que seria assim, lembra? As vezes se leva uma vida inteira para chegar a esse encontro e, muitas vezez passa batido.
Parabéns.

bjs.

Picassa