Tuesday, January 27, 2009

E depois?



Avista teu novo eu, em frente ao espelho.
Vide o quanto marcado está
Acene ao passado, teus eus por lá deixado, 
Ensine a ti, o que aprender sempre foi impossível: Deixar

Tuas vidas e tamanhos que por lá ficaram,
Cabias em pequenas caixas e vitrinas; 
quando nas médias caixas e vitrinas, nas pequenas não mais.
das grandes, ficaram duas para trás.

Vistes que o tamanho esterior assusta muito menos?
Porquanto dentro varias ainda extremamente, grande ser, voilà pequeno
Outrossim, acene também ao incerto, este sim, o mais presente, mais doente...
Doença esta que é o medo, velho amigo, sempre contigo.
É sabido há muito que teu ser não o és. Pertinência é figuração.
Tardando agora em saudades e dúvidas perguntas "cadê futuro?"

Virá pelos trilhos que tua pena fará possível
Oh, desenhar tal rumo é tão cansativo
Tua visão crua faz doer,
Teus pensares alí a viver e exigir alimento,
Dançante ser, de ciranda de vida a ver
Volte agora ao seio da dúvida, abrace ele
Agora é sabido que desde sempre a intenção dela era lhe abitar.



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