Tuesday, February 17, 2009

Pois e agora, começará de fato o ano? 
Diário de bordo datando 17 de fevereiro do ano 2009, e até agora nada.
Ainda me sinto perturbado pelo festival de atavismos esbravejante que tomará as ruas daqui a pouco tempo. Carnaval...
Batuques tribais, aborígenes em sua nudez ostentada, fazendo com que floresça nas ruas praticamente um comércio de carne em sua prática proliferadora de doenças, musicalidade - já que alguns imbecís convencionáram que tanta merda usa a nomenclatura de música - desrregrada e que até um chimpanzé poderia produzir. Onde me refiro a aborígenes não pense estar eu depreciando alguma etnia, mas toda e qualquer pessoa entumecida mentalmente, anesteziada pelo álcool e o que mais lhe for usual, fazendo parte desta grande peça cultural aculturada.
Questiono os logradouros comerciais, em sua parte dirigida às massas, até por que não o deixariam de fazer; entre eles algumas excessões, que fugídias à regra fazem-se apenas musicalmente, enquanto a proposta é ainda a banalização do corpo, da mente - acefalía figurada durando os dias do evento folclórico - desapego para com as rotínas, tanto que fora convencionado como pertencente ao civísmo tais atrocidades intelectuais.
Me envergonha viver em um país onde estando o sujeito trabalhando, contata pessoas e ouve aos sete ventos "mas o ano ainda não começou em absoluto, isso só após o carnaval"; ou o mais desalentador, participar de reuniões que marcou ou por conta de outrém cuja finalidade é apenas a ciranda do "vamos-passar-um-tempo-juntos-no-fingir-laboral-mas-só-decidiremos-qualquer-coisa-após-o-carnaval" e todos pretenders da seriedade, e todos cumplices da atrocidade.
Culturas orientais tendem por base sobrepôr-se sempre. Superação. O Superhomem de "Assim falou Zaratustra" praticamente; logo, perder tempo com tamanho "outing" da falta de esforço e corroboração a impunidade seria para tais cienciosos povos algo digno de extrema ogeriza. Em salvo, não me refiro a toda e qualquer expressão popular, mas a esse espírito supracitado de que o ano só há de começar quando o carnaval passar.
Não aceito taxações de nihilistazinho de botique, até por que não o sou. Apenas considero obrigação e não regozijo de autopromoção nem pretenção de altruísmo compartilhar minha repulsa a esta alienação tão festejada.

*envergonhado*

3 comments:

Anonymous said...

o megaferiadão seria válido se fosse exclusivo das mentes e corpos produtivos do país; aos melhores, descanso, porque os outros nada fazem que os torne dignos de quatro dias seguidos de embriaguez. em grande maioria, os trabalhadores brasileiros dificilmente merecem o domingo.

eu que estou de férias forçadas nem sei que diferença faz essa folga, só sei que não gosto. descanso é para os fracos.

Adri said...

onde é q eu assino?

Anonymous said...

hahaha, definitivamente o carnaval deixou de ser cultura a muito tempo, mas ele sobrevive com muita grana que é injetada do tráfico e com a globo insistindo em dizer que carnaval é uma coisa boa, é bom mesmo, pra globo ganhar dinheiro em cima, e é ótima pra imagem do pais que não é nenhum pouco arranhada né? depois reclamam quando falam que no brazil só tem putaria, morena e sexo!