Thursday, August 17, 2006

Se existe nexo é por acaso...

E nada mais será como antes e mais uma vez nada é como antes, e então tudo é como foi outrora. Tudo muda, e isso não muda.
-Viva! Futebol!
-Viva! Supervalorização de coisas tolas e que normalmente não teriam tanta, ou teriam nenhuma repercussão!
-Viva! A fome continua assolando. Como sempre haverá de ser para que tenhamos medo das ruas, das casas, do escuro, do sob-sol, do centro, do espelho... Viva!
Viva! Famílias que apenas se toleram para não quebrar o fantasma tão admirado de entidade confortante! Mais vivas!
Vamos votar. :S
Viva! Pais de filhos ruins, de filhos bons! Vivam os filhos dos pais!
Viva! Mães de filhos ruins, de filhos bons! Bons filhos da mãe!
E que sigam no mesmo contexto tudo o que tende a ser deixado levar pela varreção que se finda abaixo do tapete mais próximo para iludir a paz que existe, pelo menos deveria.
E que seja assim para sempre, desde que não no MEU sempre, pois disso tudo estou mais do que cansado. E que cesse a lábia infame dos que ainda tentam portarem-se como os donos da verdade – melhor dizendo, donos da verdade que melhor serve aos outros – e que não a seguem. Por que não seguem suas verdades! Mentira! Que cuspam sangue de si, sim, tumores da raça.
Vivam as exclamações divagadas de forma banal assim como agora faço, e que vivam também os poucos que se dão conta de tal ironia.
No entanto, rogo: Sobreviva, é muito diferente do que viver, é uma arte, uma passagem cativa desta roda-viva que de pertinente nada tem, mas na qual somos envolvidos imediatamente ao acordarmos, na qual somos alvo das confabulações ainda quando descansamos.
Peço caridosamente que meu pai mude, que seus pais mudem; peço ardorosamente que eu mude, que vocês mudem, pois não podemos não fazer parte deste mundo sem de alguma forma fazer parte dele.
Agora, sem mais tom de oração, de rogo...
Queria poder ser mais de meu ar. Ser mais de meus olhos, mesmo que demasiadas vezes eu me tome por uma raiva por ser olheiro de um mundo tão cão.
Queria tanto ter a certeza de que nunca cometerei o erro dos meus, mas não as tenho, apenas tenho fé de que isso comigo não será do mesmo jeito. Tenho uma certa pena de quem tem certeza de como será seu futuro. Eu poderia ter, mas o horror me impede de encara-lo em fronte. Legião visionária já superlota casas de sanidade por demais, não pretendo aumentar estatísticas, e a umidade da terra não me apetece por enquanto,vermes são demais para meu estomago, e não quero ser demais NO estomago deles... Cremação! Isso! Então um problema a menos.
Me peguei divagando anteontem sobre qual a melhor idade para padecer em definitivo. Me encontrei na dúvida entre os 27 anos e os 33. Ambas datas totalmente rockstar, mas por fim me dei conta de que embora menos tempo, os 27 seria mais de acordo com meu jeito. Morrer aos trinta e três lembra o maior dos Astros Rock, mas; mas ele era hippie: Cabelo comprido desalinhado, barba disforme, sandálias de couro; demais para mim. (Vê-se até que ponto a ocidentalização religiosa pesa na mente das vítimas da idealização estética?)
Fim-de-semana importantíssimo pela frente e em mim uma mistura de medo e ansiedade e dúvida e pavor e tremor e estômago congelado e PQP, coisas demais.
Nos últimos tempos diversas vezes, realmente inúmeras pensei em atualizar isso aqui. Em vão. Estava devéras sem saber o que letrar, não sabia nada da real relevância do que escrevo, então, por fim hoje, me dei conta de que a relevância que deve ter é apenas para comigo mesmo. E caso alguém por acaso caia de para-quedas por aqui e resolva ler em dispêndio de seu tempo, então tudo bem. Se gostar do que escrevo, da maneira como escrevo, então tudo bem, que bom. Caso não goste do que escrevo, do modo como escrevo, então tudo bem. Mas por favor, pense! Mesmo que para me mandar a PQP. Estou ficando muito enojado de humanóides não pensantes. Fantoches do jogo da vida (Hyden? Putz, passado.), de quem só espera chegar a morte para parar de viver, embora não tenha vivido.
Mudando um pouquinho uma frase: Gente burra tem que ser enterrada viva.
E, para que pouco mude: Que comecem as mudanças!
Amém!

3 comments:

Pablo Pecoits said...

è exatramente oq eu penso...
Do passado tentamos tirar lições, porém não conseguimos. E do futuro?
Nada a esperar....
abraços meu querido!

Anonymous said...

Sim, FUTURO não é previsível... Em termos... Uma vida inteira de lamentações e lágrimas sempre indica para um lado... Os 33... Os 27... Tem pessoas que nada fazem por 80 anos... Nada fazem em umaa vida inteira... Logo, a diferença entre essas idades acaba por não representar nada sendo quem somos (algumas vezes)! Seres pensantes, todos, humanóides principalmente... Já um domínio de consiência transforma completamente o quadro... A dor e a culpa, as vezes ela nada representa além de desejos profundamente secretos... Mas deixa pra lá! Humanóide, é o que eu sou! Seu pseudo-troiano!

Anonymous said...

Ti odeio... :)