Wednesday, July 26, 2006

Heil _! (Sangue ingrato)

Por onde paira a calma quando mais se precisa?
Quantas perguntas gostaria de poder fazer; se ao menos pudesse alguma resposta ouvir. Contemplo o que não há regra a firmar nem a me puxar do limbo porquanto são os raios de sangue que lume a inocente loucura.
O eco do pensamento me cega, queria poder atacar com mesma raiva ávida com a que sou atacado e mesmo assim prosperar no jogo da vitória. Não passo de um burro correndo atrás da cenoura içada em minha frente por um caniço. Não passo de um tolo numa esteira atrás da forma que melhor servirá ao seu rótulo. Nada mais que um espasmo de ante vida.
Será que o fardo cultural que carregamos como se fosse uma pena não pesa em cima dos escárnios de agonia que são trazidos à nós pelos problemas?
Será que tendemos a ser da maneira que não queremos até o fim dos tempos? Será que continuarei na tolice de fazer perguntas diante ao abismo mesmo sabendo que as respostas não vencem a gravidade para me contemplar?
Sem mais perguntas. Tomando o controle vou tentar apenas afirmar; visto então, de agora em diante vou continuar surdo pelo que vejo e regar os pútridos “afetos” do ditador com olhos de complacência enganosa, jogando o mesmo jogo que me é forçado a participar, mas nisso usando armas de outra realidade, da minha. Sem lágrimas rubras afagando minha face, agora apenas cristais da raiva agoniada que me fortalecerá.
Oxalá, futuro passando e tomando ares de passado antes mesmo que por mim tenha passado. Passa tempo! Dorme agora e acorda quando eu lhe pedir.
Destarte, acaso, rumo ao ponto certo me aprumo, rumo ao futuro incerto me deixo levar pelas águas e vento da sorte – coisa essa na qual não acredito, mas exemplifica melhor o sentido do que tento narrar - e que sejam jogados os dados no tabuleiro da perfeita ostentação do autocontrole.
Salve!


Richtoffen, às vezes lhe admiro.

4 comments:

Anonymous said...

"Quantas perguntas gostaria de poder fazer; se ao menos pudesse alguma resposta ouvir..."
Estou me sentindo exatamente assim ultimamente...
Prq vc sempre sabe interpretar meus sentimentos, angústias, depressões, incertezas? Talvez por ser alguém tão parecido cmg, ne Manolo?
Te adoro menino!
Beijão, conte cmg sempre.

Anonymous said...

Hum....palavras que apontam incertezas, perguntas que rodeam sem respostas. A vida parece seguir uma tendencia incerta as vezes: é a dimensão do Caos.
Resumidamente, mais um texto que retrata a psique de muita gente. Parabéns!

Anonymous said...

fodastico como sempre as tuas palavras filhoti... mas ja q a vida eh um jogo no qual nao temos escolha se keremos ou nao participar, vamos se puxa pra ganhar!!!
perder nao eh legal mesmo...
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Anonymous said...

O futuro é incerto (vírgula), mas ainda que esteja fora das nossas mãos o controle de todo o presente, uma certeza pelo menos eu tenho... E creio intensamente de que alguém compartilha uma certeza comigo... Enfim, so farway, but near, here inside!