Thursday, June 22, 2006

Di pronto!

Não me embriago dia após dia
Brindo aos préstimos do último ato.
Já li sua sinopse na cartilha
Dele entendi que será algo tão surpreendente quanto uma lágrima por dor. E também tão certeiro e definitivo como a mesma.
A Rubra cortina se abre, la, quieto, e em palidez do espectro de ser que é, ele se encontra
Suas costas, arqueadas pelo peso que por tanto carregou.
Mas seus lábios desbravam pela última vez um sorriso; sorriso de redenção.
Liberdade! Quimera que tanto aspirei, janela que por entre jamais avistei. Árvore que fruto colhi, mas não fui eu quem plantei.
E este foi o último pensamento do vivente.
Alma ardente que afaga sua paz.
Me torne algo morto e mais viváz!
Vivi como se tivesse o tempo todo vegetado.
Morri e pela primeira vez declarado: Inocente!
Dentro remanescia um pensamento: Este seria o fim de uma alma? Seria o fim de todo o clã? Seria o começo de algo? Talvez, apenas a confirmação de que o “nada” não existe e nem nunca existiu.
Com certeza, quase toda. Libertação.
A maior utopia que se tem é a de que se vive. Na verdade só se encena em uma peça escrita por alguém (moral/ética) que não fazia a mínima questão de que fosse um espetáculo.

Existam...

1 comment:

Anonymous said...

Manolo!

Eu não disse q adicionei seu blog nos meus favoritos?!
Pois é... eu sempre vejo se há alguma atualização aqui...
Como sempre, escrevendo com muita qualidade....

Seus textos são ótimos e eu não estou puxando o saco não... Realmente são e ponto final....
bjos, meu lindo!